O Espírito Santo repousa sobre nós para fazer a mesma coisa que fez no começo da criação
O Espírito do Senhor repousa sobre mim, porque o Senhor consagrou-me pela unção (Is 61,1a). Essa palavra “repousa” tem o mesmo significado do termo “pairar” que está em Gênesis: O Espírito de Deus pairava sobre o caos no começo da criação (Gn 1,2b). O Espírito Santo, ao pairar sobre o caos, fez dele um lugar de ordem e beleza. E a criação toda veio a partir disso. O pairar do Gênesis tem o mesmo sentido do repousar de Isaías.
O Espírito Santo repousa sobre nós para fazer a mesma coisa que fez lá no começo da criação. Tudo era um caos. Era tudo escuro, confuso. Então, Ele pousou sobre essa confusão, sujeira e desordem. E, pousando ali, transformou tudo. Pôs ordem em tudo. E da morte veio a vida. A criação surgiu dali. Infelizmente, cada um de nós é como esse caos, pois existe um caos dentro de nós. Muitas vezes, nós nem nos entendemos.
Tantas vezes, nossa vida se transforma em uma verdadeira desordem e, por causa disso, nossa cabeça não entende os nossos sentimentos e estes não entendem as coisas da nossa cabeça. Agimos pelos sentimentos e emoções e fazemos coisas erradas. Aí acontece o caos, porque somos criaturas humanas, feitas de barro e ainda não se completou a nossa criação. Por isso a necessidade de clamarmos o Espírito Santo para que repouse sobre nós e coloque ordem em todas as coisas.
“Eu sou o pão da vida. Quem crê em mim terá a vida eterna!”
Palavra meditada está no Evangelho João 6,42-48
Nesses dias, o Evangelho falou muito sobre esta passagem: “Eu sou o Pão da vida. Quem crê em mim terá a vida eterna”. Fiquei com essa Palavra no meu coração, pois Jesus diz: “Quem crê em mim tem a vida eterna!”. E o que é a vida eterna? É o cumprimento da promessa. Lá, não haverá choro, não haverá dor nem injustiças ou tantas outras coisas ruins que encontramos neste mundo. Deus ainda nos diz: “Eu sou o Pão da vida, quem vem a mim nunca mais sentirá fome ou sede”. Ou seja, quem está em Cristo não passará necessidade!
Esta passagem me fez olhar a vida com esperança. O mundo atual é apenas uma passagem. Fomos feitos para a vida eterna, para voltarmos a Deus, sermos d’Ele e estar com Ele. Fora do senhor, só nos perdemos e somos infelizes, ficamos batendo cabeça!
Meus irmãos, diante das lutas que você tem passado, tenha esperança! Creia em Deus, naquilo que Ele pode fazer. Espere n’Ele, mas espere crendo e não murmurando! Espere com esperança e não com o coração ansioso. Apenas espere. Ele nos criou, conhece-nos, sabe o que é melhor para nós.
Vamos viver esta vida já pensando que Deus preparou algo muito melhor no céu. Estamos no tempo da Páscoa, o tempo da passagem. Vamos pedir ao senhor a graça de vivermos bem aqui, para que, um dia, contemplemos a vida eterna que Ele quer nos dar.
Hoje, reze com este trecho do Evangelho, para que a Palavra de Deus lhe traga esperança naquilo que você vive: “Eu sou o pão da vida. Quem crê em mim terá a vida eterna!” ( Jo 6,42-48).
“Maria disse: Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,37).
A Virgem Maria é modelo para todos nós. Como filha, mãe e vocacionada, ela, mesmo sem saber como iriam acontecer todas as coisas que o anjo lhe anunciava, não teve medo de responder o chamado do Senhor. Com coragem e confiança, Maria correspondeu aos planos de Deus em sua vida.
O caminho com Maria é seguro, pois nos leva a realizar os desígnios que o Senhor tem para cada um de nós.
Peçamos a Nossa Senhora que interceda e dirija os nossos passos, para que cresçamos na fé em Cristo e, assim, possamos anunciar a Palavra de Deus com amor a todos as pessoas que encontramos.
“Ser vosso devoto, ó Virgem Santíssima, é uma arma de salvação que Deus dá àqueles que quer salvar.” (São Luís Maria de Montfort)
Jesus, eu confio em Vós!
Por mais que tentemos compreender a salvação, nunca chegaremos à sua totalidade
Não podemos desviar os olhos da cruz ou esquecer o sepulcro vazio. Tropeçamos e caímos muitas vezes, mas Jesus nos estende a mão para seguirmos em frente.
Ele sabe o quanto é sofrido o percurso até a cruz. Mas, por mais pesada que seja a nossa cruz, nunca poderá ser comparada à cruz que Ele carregou. Que peso levar sobre Si os nossos pecados, as nossas dúvidas, desconfianças e traições! Como foi alto o preço pago para que tivéssemos uma oportunidade de voltar a viver a comunhão perdida com o Pai!
E a vontade de Jesus é que levemos a todos, de todos os cantos, esta realidade maravilhosa:
“Portanto, se com tua boca confessares que Jesus é o Senhor, e se em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. É crendo de coração que se obtém a justiça, e é professando com palavras que se chega à salvação. (…) Porém, como invocarão aquele em que não têm fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? (Rm 10,9-10.14-15).
“As provações são sinais certos e inefáveis da amizade de Deus.” (São Padre Pio de Pietrelcina)
Quando passamos por provações, pensamos que Deus está distante de nós e nos perguntamos se Ele realmente escuta a nossa oração. No entanto, sejam quais forem as dificuldades pelas quais passamos, não podemos perder a esperança de que o Senhor está conosco o tempo todo.
Na tribulação, é preciso perseverar na oração, na certeza de que Jesus é nosso amigo e não nos desempara.
“Pois sabemos que a tribulação produz a paciência, a paciência prova a fidelidade e a fidelidade, comprovada, produz a esperança. E a esperança não engana. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5, 3-5).
Rezemos: “Oh vinde, Espírito Criador, as nossas almas visitai e enchei os nossos corações
com vossos dons celestiais”.
Jesus, eu confio em Vós!
Santidade não é coisa complicada, é buscar o Senhor
Nós fomos feitos para Deus. Santidade não é coisa complicada, é buscar o Senhor. Precisamos buscá-la e almejar o céu continuamente. Podemos ser santos quando damos um “não” todos os dias, ao pecado, sendo dóceis ao Senhor e O adorando sempre. A partir disso, estamos chegando ao segredo da santidade: a adoração. Cremos que a Pessoa de Jesus [o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade] está totalmente presente na hóstia consagrada.
O saudoso Papa João Paulo II, deitava-se no chão de sua capela particular e repetia: “Eis o nada diante do Tudo. Eis o nada, meu Senhor”. Esse foi o segredo da santificação desse grande homem de Deus, e é o segredo de todo aquele que quer se santificar.
E eu louvo muito a Deus por ter colocado essa realidade na vida da Canção Nova desde 1978, quando o Senhor nos revelou que queria que fôssemos uma comunidade de amor e adoração. Graças a Ele nós o somos, e você é testemunha disso. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
Podemos viver e não perceber as riquezas que o tempo nos oferece.
Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus: tempo para nascer, e tempo para morrer; tempo para plantar, e tempo para arrancar o que foi plantado; tempo para matar, e tempo para sarar; tempo para demolir, e tempo para construir; tempo para chorar, e tempo para rir; tempo para gemer, e tempo para dançar; tempo para atirar pedras, e tempo para ajuntá-las; tempo para dar abraços, e tempo para apartar-se. Tempo para procurar, e tempo para perder; tempo para guardar, e tempo para jogar fora; tempo para rasgar, e tempo para costurar; tempo para calar, e tempo para falar; tempo para amar, e tempo para odiar; tempo para a guerra, e tempo para a paz. Que proveito tira o trabalhador de sua obra? Eu vi o trabalho que Deus impôs aos homens: todas as coisas que Deus fez são boas, a seu tempo. Ele pôs, além disso, no seu coração a duração inteira, sem que ninguém possa compreender a obra divina de um extremo a outro. Assim eu concluí que nada é melhor para o homem do que alegrar-se e procurar o bem-estar durante sua vida; e que comer, beber e gozar do fruto de seu trabalho é um dom de Deus. Reconheci que tudo o que Deus fez subsistirá sempre, sem que se possa ajuntar nada, nem nada suprimir. Deus procede desta maneira para ser temido. Aquilo que é, já existia, e aquilo que há de ser, já existiu; Deus chama de novo o que passou.
Às vezes vivemos como loucos, querendo fazer tudo ao mesmo tempo, com a sensação de que o mundo acabará hoje. Então, a Palavra de Deus vem nos dizer: “Calma, tudo tem o seu tempo, a sua ocasião, não apresse o rio, ele tem a sua velocidade, o seu tempo; se tivermos paciência, veremos suas águas passarem por todos os lugares. É só esperar”. Tudo no seu tempo!
Há o momento de nascer e o de morrer, e esse é o tempo de Deus para nós. Ao aceitar isso, seremos felizes e viveremos a vida conforme Deus a conduz. Que seja feita a sua vontade. Nós não sabemos de nada, mas Ele sabe de tudo. Ele tem todas as cartas do jogo da nossa vida nas mãos e nos ama. Portanto, não precisamos brigar com a vida. Temos que aceitar cada fase – infância, juventude, vida adulta, velhice – e viver intensamente o belo tempo de Deus nos dá.
Não podemos nos deixar dominar pelo medo
O grande mal do nosso século é a hipocondria (mania de doença). Muitas pessoas vivem com medo de ficar doentes. Qualquer dor que sentem, já ficam apavoradas pensando logo ser algo grave. E se o médico pede algum exame específico, a pessoa já imagina o diagnóstico: “Estou com câncer. Vou morrer!” A nossa geração é abençoada e sempre será abençoada. Deus não criou a morte nem a doença. Não podemos nos deixar dominar pelo medo.
“Deus criou o homem para ser incorruptível e o fez imagem daquilo que lhe é próprio. Mas, pela inveja do diabo, a morte entrou no mundo” (Sab 2,23). A Palavra de Deus nos diz que, pela inveja do diabo, a morte, a doença, a desgraça, a miséria, o sofrimento e a dor entraram no mundo. Deus criou o homem para ser imortal, incorruptível, saudável.
A arma que o demônio mais usa para atormentar os filhos de Deus é o medo: medo do futuro, medo de morrer, medo de traição, medo da calúnia, medo da velhice, medo de perder os pais, medo do desemprego… Medo! Neste dia, Deus nos exorta a renunciar qualquer tipo de medo. Peçamos a Ele a graça da coragem na fé.
“Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos!” (1 Jo 3,1).
Somos filhos amados de Deus! Ele nos amou tanto que entregou Seu Filho amado para nos salvar. Assim, a esperança da salvação chegou a cada um de nós.
Nós também precisamos amar o nosso próximo com suas qualidades e defeitos, precisamos nos decidir pelo amor que tudo pode transformar. Mesmo que seja difícil amar aquela pessoa que nos decepcionou, tomemos a decisão de amar e perdoar, tenhamos atitudes de amor para com os outros.
“O amor é um mistério que transforma tudo o que toca em coisas belas e agradáveis a Deus” (Santa Faustina).
Jesus, eu confio em Vós!
O Brasil cresce cada vez mais na competição e no desamor
Todas as leituras deste tempo até Pentecostes nos levam ao derramamento do Espírito Santo. Propositadamente, a Igreja faz isso, porque ela quer nos preparar para uma efusão do Espírito. A palavra “efusão” é forte, porque tem um peso. Não é receber algo simples, mas uma efusão do Espírito Santo; e foi isso que nos falou o Evangelho de hoje: “Vós deveis nascer de novo”. E nós vimos que resultado disso está na Primeira Leitura.
Meus irmãos é a nova sociedade, tremendamente competitiva, que quer “derrubar o outro”; e isso é totalmente oposto à sociedade de Pentecostes. Só teremos uma sociedade perfeita, de igualdade entre os irmãos, com a efusão do Espírito.
É por isso que o Senhor quer que a face da Terra seja inundada pelo Paráclito, possuída por Ele. Assim, teremos uma sociedade nova.