Ouvimos falar muito sobre a justiça de Deus, sobre sermos homens e mulheres justos, de
procurarmos o modelo de justiça de São José e de tantos outros santos, pois eles nos
mostram que precisamos ser justos com nós mesmos e principalmente com os outros.
Na lei dos homens, “justiça” é um termo abstrato que designa o respeito pelo direito de
terceiros, a aplicação ou reposição do seu direito por ser maior em virtude moral ou
material. Na Lei de Deus, segundo o Catecismo da Igreja Católica, a justiça é a virtude
moral que consiste na vontade constante e firme de dar a Deus e ao próximo o que lhes é
devido.
Com base nisso, eu pergunto: temos sido justos perante as pessoas? Temos, de fato,
procurado não favorecer amigos e parentes? Temos deixado de lado as preferências para dar
lugar ao que é certo?
Meus irmãos, a justiça vem de Deus, ela é um dom. As corrupções interiores acontecem pelo
fato de não ouvirmos a voz da justiça dentro de nós. Eu sei que temos inclinações a querer
ajudar os parentes, amigos e a quem mais amamos, mas, às vezes, esses que amamos precisam
receber um ‘não’, saber esperar outro momento oportuno e demais situações. Não procuremos
favorecer ninguém, pois a Palavra de Deus nos ensina: “Não favoreças o pobre, nem
prestigies o poderoso. Julga o próximo conforme a justiça” (Lv 19,15)
Que Deus nos dê essa graça de sermos homens e mulheres justos assim como São José.