Conquistar a intimidade com o Senhor
Cada um de nós tem um coração de oração que precisa ser trabalhado e desenvolvido para crescer no dom da oração. Esse trabalho consiste no acolhimento da graça de Deus.
O coração de oração não é algo que vamos comprar com os nossos esforços, mas que vamos acolher com a nossa liberdade. Este coração orante vai se realizando na nossa história. É um exercício contínuo e assíduo. É um trato de fidelidade e sinceridade com Deus.
Quanto mais buscamos a Deus, tanto mais nos relacionamos com Ele na nossa liberdade, na nossa fragilidade, deixando-nos ser seduzidos por Seu amor e, mais nosso coração abre espaço para uma linda intimidade com o Senhor.
Essa intimidade com o Senhor vai acontecendo no decorrer da nossa caminhada de amor e fidelidade. É vontade d'Ele que essa graça aconteça, a graça de um coração repleto do amor de Deus!
Muitas vezes, queremos e pedimos a Jesus que realize milagres na nossa vida, mas o maior milagre que o Senhor quer realizar em nós hoje é o da nossa fé.
Quando cremos, nenhum sinal é necessário, mas quando não cremos nenhum sinal é suficiente para nos convencer, porque faltam os olhos da fé para vê-lo, melhor dizendo, para enxergá-lo. O maior milagre fora de nós não será nunca suficiente se não formos curados da nossa falta de fé. Então, peçamos hoje a Jesus que nos cure de toda falta de fé, porque somente esse dom de Deus nos faz enxergar interior e exteriormente.
“Então Jesus disse: Mulher, grande é a tua fé” (Mc 7,29a).
Senhor, queremos ser homens e mulheres de visão, capazes de enxergar além das aparências.
Jesus, eu confio em Vós!
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A verdadeira caridade
Há amor em você! Esse amor se chama caridade. O inimigo estraga tudo e acaba caricaturando o que há de mais lindo. Isso foi uma profanação que ele fez.
Hoje caridade significa dar esmola, doar algumas coisas, muitas vezes, sem compromisso, tanto assim que se diz por aí: “Eu não quero saber de caridade; se você quiser me dar alguma coisa, me dê, mas não quero saber de caridade”. Muitos pobres dizem isso. Por quê? Porque a palavra “caridade” tornou-se uma caricatura. Mas caridade vem de cáritas. Cáritas vem de caris. Caris deu a palavra carisma, e caridade vem daí.
A verdadeira caridade é a união do amor divino com o amor humano. Deus lhe deu amor. No começo da criação o amor era puro, como a nascente de água que sai da serra. O seu amor era amor de Deus. Depois veio o pecado original e envenenou a fonte, o amor se misturou com sensualidade, com sexualidade, egoísmo, ganância, cobiça.
Quando veio no poder do Espírito Santo, Jesus deu a esse amor o nome de caridade. É um dom. Um presente. É o próprio Espírito Santo amando e misturando em você o amor divino com o amor humano. Isso é caridade!
O Senhor quer nos batizar nesse amor, que é caridade, para que, daqui para a frente, a nossa sensibilidade tire de dentro de nós amor verdadeiro. Amor que é doação, serviço, entrega. Amor que, muitas vezes, é sacrificar-se, doar-se e esquecer-se de si, perder por causa dos outros. Amor que muitas vezes é perdoar, desculpar, suportar, aguentar, dar, ouvir, passar noites sem dormir.
Todos são chamados à missão
Não podemos achar que, pelo fato de termos cometido muitos pecados e vivido uma vida errada, iremos fracassar em nossa missão. Deus precisa de pessoas que se decidiram radicalmente por Ele, embora sejam fracas, imperfeitas, com defeitos e falhas. Pessoas que mediante sua mudança, sua conversão possa arrastar outras. Pois, até as suas fraquezas mostram as outras pessoas que elas também têm chances. Deus está no chamando: “Vem falar por mim!” Precisamos responder a esse apelo.
Eliseu foi um profeta chamado por Deus. Ele estava no campo, cuidando dos seus bois quando o grande profeta Elias passou por ali. Eliseu nunca havia pensado em ser profeta.
Naquele tempo, quando um profeta jogava seu manto sobre uma pessoa, isto era sinal de chamado. Aquela pessoa estava sendo chamada para o trabalho de Deus.
Hoje, da mesma maneira, Jesus passa e joga seu manto sobre cada um para que nos tornemos seus discípulos.
Abra-se ao derramamento do Espirito Santo. Não precisamos fazer nada, a não ser aceitar e acolher a vontade de Deus como fez Maria.
Aceite do fundo do coração o seu chamado, diga para o Senhor que você não é digno, mas aceita ser um discípulo, um apóstolo no seu trabalho, em sua profissão, no meio onde você vive.
“Naquele dia em que gritei, vós me escutastes, ó Senhor” (Sl 137).
Como o salmista, ao longo de todo este dia, lancemos um grito ao Senhor, em todas as circunstâncias. Talvez até achemos que somos capazes de resolver todas as coisas sozinhos, mas é um engano pensarmos assim. Precisamos e dependemos do auxílio do Senhor.
“Naqueles dias, a Rainha Ester, temendo o perigo de morte que se aproximava, buscou refúgio no Senhor. Prostrou-se por terra desde a manhã até o anoitecer, juntamente com suas servas, e disse: Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacó, tu és bendito. Vem em meu socorro, pois estou só e não tenho outro defensor fora de ti, Senhor” (Ester 4,17).
A nossa atitude precisa ser também como a da Rainha Ester que, em meio ao perigo, buscou refúgio no Senhor e não nas coisas, nas pessoas e nos bens que possuía, e muito menos nas suas próprias forças, porque o único auxílio eficaz para a nossa vida é o que vem do Senhor.
Aconteça o que acontecer neste dia de hoje, lancemos um grito ao céu: “Senhor, salva-me, livra-me do mal”.
Jesus, eu confio em Vós!
O que vale nesta vida é o bem que nós fazemos ao próximo, porque o que nos faz ricos diante de Deus é aquilo que damos de bom coração e com alegria.
“A vida de um homem não consiste na abundância de bens” (Lc 12,15d), mas na alegria da partilha, porque, quando damos do que temos, o milagre da partilha acontece e não falta nada a ninguém.
Vamos hoje fazer o exercício de ficar atentos aos que necessitam de nós?
Senhor, ensina-nos a dividir o que temos com os que necessitam. Obrigada, Jesus!
Jesus, eu confio em Vós!
A nossa vida pertence a Deus, porque fomos resgatados pelo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.
“Deus destinou Jesus Cristo a ser, por seu próprio sangue, instrumento de expiação mediante a realidade da fé” (Rm 3,25a).
Tomar consciência desta verdade deve nos levar a rezar incessantemente, para que permaneçamos unidos sempre ao Coração de Jesus.
Peçamos ajuda ao nosso anjo da guarda, “para que conservemos sempre em nosso coração o pensamento de Deus” (Tb 4,6a).
Senhor, fazei com que eu vos tenha amor constante!
Jesus, eu confio em Vós!
Uma palavra que deve sempre nortear a nossa vida é “recomeçar”. Hoje um dia é próprio para isso. Não podemos ter medo de começar de novo, porque essa dinâmica faz parte da nossa vida. São muitos os desafios e obstáculos, mas eles não são empecilhos para nós; diferentemente disso, são trampolim para avançarmos para águas mais profundas.
Não sei se você já viveu momentos em que precisava ir em frente, mas se sentiu paralisado(a) pelo medo ou por outro sentimento. Eu já, mas, mesmo assim, me lancei e me lanço com confiança na Palavra do Senhor, que diz: “Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar. Simão respondeu-lhe: Mestre, trabalhamos a noite inteira e nada apanhamos; mas por causa de Tua palavra, lançarei a rede. Feito isto, apanharam peixes em tanta quantidade, que a rede se lhes rompia” (Lc 5,5-6).
Lancemos hoje a rede, confiantes na bondade do Senhor.
Jesus, eu confio em Vós!
Somente quando temos a coragem de colocar toda a nossa vida na luz de Cristo, e assumir a nossa verdade, seja ela qual for, é que nos tornamos homens e mulheres verdadeiramente livres.
Não dá para mascarar, justificar ou esconder aquilo que somos. A nossa verdade – assumida diante de Deus – traz curas e libertações profundas, as quais nós nem somos capazes de imaginar.
“Vossas obras, ó Senhor, são verdade e são justiça” (Sl 110).
Peçamos hoje a Jesus a graça de abrirmos o nosso coração, para que possamos acolher os desígnios de Deus a nosso respeito.
Jesus, eu confio em Vós!