A Eucaristia é o pão de cada dia
Jesus quis concretizar a Sua presença entre nós na Hóstia Consagrada, sob a forma de pão e vinho, assim compreendemos que quando recebemos a Eucaristia estamos recebendo o Corpo do Senhor, que vem ser presença, remédio, cura, alimento e força para nós.
Assim como o alimento nos sustenta e o remédio que tomamos age sobre a nossa doença, a Eucaristia é o próprio Cristo, que vem a nós como alimento e remédio para atingir a nossa enfermidade, nosso ponto fraco.
Santo Agostinho, doutor da Igreja, nos fala: “A Eucaristia é o pão de cada dia, que se toma como remédio para a nossa fraqueza de cada dia”.
É o Senhor que revigora a nossa fé para aproveitarmos toda a maravilha que é a Eucaristia. “Aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele”.
Deus o abençoe!
Deus se manifesta por meio dos carismas
Na Igreja, o poder de Deus se manifesta por meio dos carismas. Por eles é que somos curados, libertos do mal e do pecado; para que, restaurados, toda mudança, toda transformação e todo este “virar pelo avesso” possa acontecer. Somos nós que ministramos uns aos outros. Aí está a grande graça: recebemos a ação do Espírito Santo para distribuí-la aos nossos irmãos; para sermos canais.
Precisamos ser abertos e disponíveis à ação de Deus. Buscamos nos nossos irmãos o poder do Espírito Santo e, ao mesmo tempo, nos dispomos a ser usados por Ele em todos os Seus carismas: desde o dom menor, que é o de línguas, até o dom maior, que é o Amor; passando pelo dom da cura, da ciência, da sabedoria, pelo dom central que é a fé, pelo dom da profecia, do discernimento dos espíritos... Enfim, passando por todos os dons, sem nenhuma exceção.
Os dons são ferramentas necessárias. Usamos esse instrumento do Senhor para que os nossos irmãos sejam tocados, curados, convertidos, restaurados. É preciso colocar-se em ação, porque a obra é urgente.
Deus abençoe você!
A nossa impotência diante da onipotência divina
Não perca tempo! Vá adorar a Deus mesmo com o coração despedaçado. Não é necessário falar muito, nem se lamuriar diante d'Ele. Deixe Deus fazer e falar. Mesmo que você não sinta, saiba que Ele está falando ao seu espírito porque você O está adorando em verdade.
Dentro da sua realidade de coração despedaçado, você passa a adorar em espírito e deixa o Senhor entrar, refazendo seu espírito, alma, coração e emoções. Exponha-se diante de Deus. Coloque-se como um menino diante da Sua presença. Quando achamos que podemos tudo, não O adoramos em verdade. Quando nos sentimos totalmente impotentes é que realmente O adoramos.
Algumas pessoas reconhecem que não podem fazer nada, que estão impotentes diante das situações, emocionalmente inseguras, os problemas são maiores do que elas percebem e se sentem fracas e não recorrem a Deus. Porém, se se colocassem diante d'Ele, veriam que ali aconteceria a mais linda adoração. É a nossa impotência diante da onipotência divina. É o nosso nada diante do tudo de Deus.
Deus abençoe você.
Na prática do bem, nunca podemos esmorecer nem desanimar, porque não fomos tratados como gostaríamos.
As atitudes desencontradas das pessoas conosco não podem determinar, de forma alguma, nossa maneira de agir. Deixemo-nos guiar pelo Espírito de Cristo em todas as nossas atitudes, porque somos filhos de Deus.
“Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo o colheremos se não relaxarmos. Por isso, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos os homens, particularmente aos irmãos na fé”(Gl 6,9-10).
Vamos, hoje, fazer o bem sem olhar a quem?
Jesus, eu confio em Vós!
A procissão com o Santíssimo Sacramento
É uma procissão oficial litúrgica. Um padre chamado Pedro de Praga tinha dúvidas que perturbavam sua mente e coração sobre a presença real de Jesus na Eucaristia, e ele sofria porque queria acreditar. Ele resolveu fazer uma peregrinação indo até a Roma para que o Senhor confirmasse no seu coração e lhe devolvesse toda a fé na Eucaristia.
Durante uma celebração, quando o Padre Pedro suspendeu o pão e o consagrou, o pão tornou-se carne, e começou a derramar sangue, ensanguentado o corporal. O sangue foi até o altar. O padre chorando e adorando dizia: “Senhor agora eu creio, é tu Senhor, eu creio que não é apenas um símbolo. É Tu Senhor.”
Nesse tempo do Papa Urbano IV, decretou que na quinta-feira na semana seguinte de Pentecostes se celebrasse a festa de Corpus Christi.
Quem encontrou Cristo, não pode guardá-Lo para si
Adorar é amar a Cristo. Sabemos que amamos aquilo que conhecemos. É preciso buscar o rosto de Cristo, e contemplá-Lo para n'Ele nos transformar. Não há dúvida de que este conhecimento é concebível somente a partir de uma renovada escuta da Palavra de Deus. Pois através dela nos é permitido contemplar o rosto de Cristo.
Na Palavra recorrem, já em larga escala, os indivíduos e as comunidades que dela se ocupam, tornando-se habilitados com a ajuda preciosa de estudos bíblicos. É preciso consolidar e aprofundar este conhecimento de Cristo pela Palavra. O Salmista já cantava: “É o teu rosto, Senhor, que eu procuro” (Sal 27,8).
De modo particular, é necessário que a escuta da Palavra se torne um encontro vital que nos permita ler o texto bíblico como Palavra Viva que interpela, orienta, plasma a existência e nos transforma em Cristo.
Alimentar-nos da Palavra para que sejamos envolvidos pela presença de Deus que dela emana.
Devemos reviver em nós o sentimento ardente de São Paulo, o qual o levava a exclamar: “Já não sou eu quem vivo é Cristo que vive em mim” (Gálatas 2, 20a). Quem verdadeiramente encontrou Cristo, não pode guardá-Lo para si; tem de anunciá-Lo e levar outros a buscar o Seu Rosto.
Há momentos, em nossa vida, que não conseguimos compreender o que está acontecendo conosco nem ao nosso derredor. E quando as coisas fogem do nosso controle, sentimos medo e ficamos espantados, como os apóstolos ficaram. Mas com Jesus à frente, mesmo com todas as circunstâncias desfavoráveis, devemos prosseguir, porque Ele é o nosso Pastor e “em verdes prados Ele nos faz repousar. Conduz-nos junto às águas refrescantes” (Sl 22,2).
Entreguemos, hoje, nas mãos de Jesus, as rédeas da nossa vida e deixemo-nos ser conduzidos por Ele.
Jesus, eu confio em Vós!
Impressiona-me ver como Jesus venceu a tentação: Ele sempre recorreu às Sagradas Escrituras. Devemos fazer o mesmo.
Tenho aprendido que precisamos levar a Palavra de Deus em todas as ocasiões: na bolsa, no trabalho, em casa, enfim, onde quer que estejamos. As Escrituras formam em nós a mente de Cristo.
Se trouxermos a Palavra de Deus na mente e no coração, ao necessitarmos de força, consolo, sabedoria e discernimento, encontrarão, nela, o que buscamos.
Para tomar uma decisão, conversar com alguém ou vencer a tentação, peçamos, nesse momento, que o Espírito Santo faça brotar em nosso interior o versículo bíblico de que necessitamos.
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para ensinar, refutar, corrigir, educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, qualificado para qualquer obra boa” (IITim 3,16-17).
Jesus, eu confio em Vós!
A consequência do pecado original
O pecado original deixou dentro de nós uma tendência a fazer o que é proibido. Por isso, Jesus diz que não veio para abolir a lei, mas para nos dar pleno cumprimento dela. A obra d'Ele é a mudança de nosso coração para que cumpramos a lei com obediência e docilidade. Há uma grande diferença entre essas virtudes. A docilidade vem do coração, já a obediência pode ser externa, algo feito por obrigação. Muitas vezes, é difícil ser dócil, pois as coisas “rangem” dentro de nós por causa das consequências do pecado original.
São Paulo fala sobre isso de si mesmo: "Não me entendo, pois quero fazer o bem, mas acabo fazendo o mal. Infeliz de mim! Quem vai me libertar?" (cf. Romanos 7, 19). Jesus veio para nos dar à graça da docilidade. Ele quer e tem o poder de nos transformar. A Palavra de Deus, que está na Bíblia, é o próprio Jesus. Na Eucaristia, que celebramos todos os dias, o sacrifício de Jesus é renovado e oferecido ao Pai. O Filho se oferece a Ele nesse sacrifício. A Eucaristia celebrada, recebida e adorada tem o poder de transformar o nosso coração e torná-lo dócil.
Ao longo do dia, recebemos um grande fluxo de informações, ouvimos muitas coisas boas e ruins, mas é incrível como as boas nós esquecemos, enquanto as ruins ficam gravadas em nós, gerando, em nosso interior, alteração de humor, abalo nos nossos sentimentos e vários movimentos desordenados.
Há uma Palavra, no entanto, que, quando a escutamos, ela provoca em nós uma profunda mudança interior e exterior, a ponto de revolucionar positivamente a nossa vida. É a Palavra de Jesus, ou melhor, Ele é a Palavra e tem o poder de fazer novas todas as coisas quando vamos ao Seu encontro, como o leproso do Evangelho.
Ele se comunica eficazmente conosco sem o barulho das palavras, produzindo curas, libertações e uma profunda purificação das nossas enfermidades e de todo o tipo de mal.
“Aconteceu que Jesus estava numa cidade, e havia aí um homem leproso. Vendo Jesus, o homem caiu a seus pés, e pediu: Senhor, se queres , tu tens o poder de me purificar. Jesus estendeu a mão, tocou nele, e disse: Eu quero, fica purificado. E, imediatamente, a lepra o deixou” (Lc 5,12-13).
Caminhemos ao encontro do Senhor e apliquemo-nos na leitura da Palavra de Deus.
Jesus, eu confio em Vós!