Ser uma mulher orante muda uma história inteira
“Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem seifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?” (Mateus 6,25-30)
Existe uma imensa diferença entre ser uma mulher que caminha a esmo e ser uma mulher que reza.
Uma mulher que reza se torna muito mais capaz de silenciar, esperar e dominar; ela é capaz de suportar o que nunca antes imaginava. Grande exemplo de mulher que reza é Maria, que rezou em pé, aguentou em pé e encheu a humanidade feminina de dignidade, força e exemplo. A meu limitado ver, essa habilidade de Maria é estrondosa, gigante e magnífica; ela se calou, sabia de tudo e mesmo assim se calou. Um domínio de si sem igual, uma fé tão bem construída pela graça de Deus que nada pôde abalar! Essa fé almejo!
A mulher orante não sucumbe nem cai diante de qualquer dificuldade, ela não reza somente depois que as coisas se ajeitaram querendo garantias e seguranças, mas ela reza enquanto as coisas se ajeitam, enquanto tudo se modifica, enquanto tudo se transforma. É até difícil imaginar uma mulher que não pede garantias para dar um passo de confiança, mas aquela que reza é assim: ela simplesmente confia e segue segura.
Uma desilusão amorosa pode ser transformada em amadurecimento para a construção do amor verdadeiro
Quem não se desiludiu na grande aventura de amar e ser amado? Quem nunca ficou horas no quarto chorando, porque o “grande amor” simplesmente se tornou o “nada amor”. De fato, o amor verdadeiro comporta essa “fase” de se desiludir. Isso mesmo! É preciso viver a desilusão para que, de fato, seja amor verdadeiro.
No livro que está por vir, eu e Letícia, minha esposa, trabalhamos as fases do amor verdadeiro segundo o olhar psicológico. Fases essas que são a ilusão, a desconfiança, a desilusão e a esperança. Mas como o livro está por ser lançado, aqui quero falar um pouco da fase da desilusão, pela qual todo amor, que é verdadeiro, precisa passar. Só os amores fortes e verdadeiros conseguem ressuscitar. Eis a fase da desilusão/decepção!