Superar a depressão nem sempre é fácil, mas se render à adoração pode tornar-se uma grande ajuda
No fundo, a depressão é como a vertigem, o desmaio; ela é exatamente isso: a pessoa sofre tanto no seu psicológico, conscientemente ou não, sente uma pressão tamanha sobre ela que acaba entrando em depressão. Isso é terrível, porque, nessa enfermidade, a pessoa continua vendo tudo, a vida continua, mas ela não consegue reagir. A receita para sair da depressão é, mesmo nela, adorar a Deus. Adoramos o Senhor em espírito e verdade, muitas vezes, no problema, no desespero, na hora que não aguentamos mais.
O fato é render-se diante de Deus, mesmo na falta de vontade de estar com Ele. Depressão é dor da alma, por isso, neste momento, renda-se ao Pai. Adoração é rendição, não é preciso palavras. Entregue-se no lugar certo, pule no colo de Deus em vez de pular no nada. Rendendo-se a Ele, fique n’Ele. Durante a depressão, existe a vontade de ficar no vazio, mas fique no Senhor. Achamos que, na adoração, precisamos falar com o Altíssimo, mas o real valor é adorá-Lo em espírito e verdade, mesmo sem nenhum sentimento.
Deixe Deus abraçar você e abrace-O no seu nada. Aproveite que você está como um “pozinho” de depressão e abrace o Senhor. Dessa forma, o nada abraça o Tudo e é certo que o Tudo transforma o nada para que ele saia do nada e tudo se faça novo.
“Caríssimos, se alguém dentre vós está sofrendo, recorra à oração. Se alguém está alegre, entoe hinos” (Tg 5,13).
Procuro fazer com prazer todas as coisas da minha vida, por isso vou regando minhas horas, meus minutos e segundos com orações espontâneas e jaculatórias. Falo com Deus, meu Amigo e Pai, com liberdade e confiança. Sei que Ele é o Senhor de tudo, o Criador do céu e da terra, e ama cada pessoa de forma única. Sei que Ele me ama como sou e, na minha pequenez, sinto-me livre na Sua presença, porque, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, eu me tornei filha de Deus.
O que me ajuda a fazer da minha vida uma oração é uma das músicas do monsenhor Jonas que diz: “Da minha vida quero fazer uma oração. Da minha vida quero fazer um só louvor. Da minha vida quero fazer um ato de amor para louvar, amar e servir ao meu Senhor!”
Jesus, eu confio em Vós!
Para amar um senhor, investir totalmente nele, e servi-lo de todo o coração, é preciso rejeitar o outro
“Ninguém pode servir a dois senhores: ou odiará a um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro” (Mt 6,24).
Nossa tentativa de ter dois senhores é ingênua. O próprio Jesus nos esclarece: “Ninguém pode servir a dois senhores: ou odiará a um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro”. Amar e odiar são sentimentos contrários. Para amar um senhor, investir totalmente nele e servi-lo de todo o coração é preciso rejeitar o outro.
Jesus conclui: “Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro”. Note que a palavra “dinheiro” está com letra maiúscula, porque, naquele tempo, existia entre os pagãos um deus do dinheiro.
O Senhor escuta a nossa oração, conhece o nosso coração e sabe de todas as nossas aflições e necessidades. Por isso, sempre que invocamos o nome de Jesus encontramos a Sua misericórdia. Supliquemos o nome santo do Senhor confiante e incessantemente, pois somos Seus servos.
O Senhor nos tirou da escravidão, e sempre que recorremos ao auxílio d’Ele, nós nos decidimos em cumprir as promessas que a Ele fazemos. Reunamo-nos na Sua presença para louvá-Lo e agradecer-Lhe por todas as maravilhas que Ele tem feito em nosso favor.
“Que poderei retribuir ao Senhor Deus, por tudo aquilo que ele fez em meu favor?” (Sl 116,12).
Esta é a grande graça para a nossa vida: encontrar-nos a cada dia com Jesus, que tem o poder de transformá-la.
Jesus, eu confio em Vós!
“Vinde adoremos e prostremo-nos por terra, e ajoelhemos ante o Deus que nos criou! Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor, e nós somos o seu povo e seu rebanho, as ovelhas que conduz com sua mão” (Sl 94, 6-7).
O convite para cada um de nós, hoje, é de irmos ao encontro do Senhor e adorá-Lo. Não percamos tempo, vamos ao encontro de Jesus Eucarístico, que nos espera na capela e façamos um momento de adoração, entregando a nossa vida e pedindo que Ele conduza os nossos passos.
A adoração de Deus único liberta o homem de se fechar em si mesmo, da escravidão do pecado e da idolatria do mundo (Catecismo da Igreja Católica 2097).
Rezemos: “Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-vos; peço-vos perdão por aqueles que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam”.
Jesus, eu confio em Vós!
Enquanto continuarmos no sistema do mundo, seremos vítimas. O grande apelo é este: “Procurar Deus em primeiro lugar”‘
Ao buscar o Reino de Deus, empenho minha vida, minha saúde, meu tempo em implantar Seu reino. Não vivo para mim mesmo, nem só para minha família, nem só para ganhar dinheiro, dar segurança a meus filhos e garantir-lhes um futuro. Vivo para meu Deus e para a implantação de Seu Reino. Vivo para que Sua Justiça aconteça. É nisso que invisto minha vida! Como consequência, por acréscimo, o Senhor me dá tudo o mais de que necessário.
Nós só podemos procurar Deus, Seu reino, Sua justiça, certos de que tudo mais nos será dado por acréscimos. Temos de aprender a procurar Deus por Deus, não por causa de nossos interesses, senão o príncipe deste mundo vai continuar nos enganando. Quando buscamos Deus somos mergulhamos nEle, tudo nos é dado por acréscimo. A paz e a alegria são um acréscimo e, com isso, também o emprego e o dinheiro. Eis o segredo!
“Amigo fiel é poderosa proteção; quem o encontrou, encontrou um tesouro” (Eclo 6, 14).
Uma amizade em Deus leva o outro à experiência do amor. Mas é preciso saber viver a amizade e cultivá-la de forma livre como o Senhor faz conosco. Ele é o nosso primeiro amigo.
A verdadeira amizade respeita o tempo do outro, sabe o melhor momento para falar e calar, acolhe as diferenças, é verdadeiro. Ela está em todos os momentos, seja nas dificuldades ou nas vitórias, é vivida de forma livre, é um apoio com o qual se pode contar sempre.
Peçamos ao Senhor a graça de vivermos as nossas amizades na liberdade que brota do nosso interior, que ela seja desapegada, sincera e ancorada em Deus.
Jesus, eu confio em Vós!
“Não deveis ficar lembrando as coisas de outros, nem é preciso ter saudades das coisas do passado. Eis que estou fazendo coisas novas, estão surgindo agora e vós não percebeis? (Is 43,18)
Sim! É possível uma vida inteira nova, cheia de paz, coragem e alegria. É possível um novo começo neste exato momento, porque Deus está conosco, porque Jesus está vivo e nos dá a Sua força para recomeçar. A diferença está justamente aqui: se antes vivíamos contando apenas com as nossas energias, podemos recomeçar agora pelo “poder de Deus”, “pela força do Alto”, que é o Espírito Santo. É dessa certeza que brota a nossa esperança.
A esperança renova o coração, ela é um dom de Deus que nos faz nascer de novo. Quem provou sua força e doçura sente-se renascer por dentro e por fora. Por isso, a Palavra de Deus garante que quem espera no Senhor renova as suas forças.
Precisamos ser curados, transformados!
“A receita que João deu é: Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo”.
O Espírito Santo é o remédio para a doença terrível que atingiu a Igreja e tem deixado seu membros, que somos nós, sem defesas.
Se descobríssemos o remédio para a cura da Aids, certamente iríamos investir tudo para adquiri-lo e aplicá-lo em todos os que estão afetados pela doença. Da mesma forma, Deus já nos indicou qual é o remédio para o mal que aflige Seus filhos: o Espírito Santo. Assim como no início Ele derramou o Espírito, volta a derramá-Lo agora com a mesma força.
Somos, ao mesmo tempo, a noiva e o amigo do Esposo que vem alertar a noiva. O tempo urge, por isso precisamos de restauração, de santificação. Nossa vida ainda está enferma, precisamos ser curados, transformados! Isso só acontece pelo poder do Espírito.
“Em verdade, ele tomou sobre si as minhas enfermidades e carregou os meus sofrimentos.” Temos aqui a verdade fundamental do Cristianismo: Jesus assumiu todos os nossos pecados e, na cruz, os pregou. Aí está o bonito: Ele assumiu sobre si os pecados. Depois, Ele foi à cruz. Mas Jesus não sofreu somente nela, mas já em sua prisão.
Muitas vezes, nós olhamos somente para a crucificação. Claro que é uma coisa bárbara o que fizeram, mas não foi só o “ser pregado na Cruz”. Veja, Jesus assumiu sobre si os nossos pecados, levou-os para cruz e, ali, os apagou.
Os nossos pecados já não nos pertencem, eles já foram assumidos pelo Senhor na Cruz. Mais ainda: os pecados futuros também já foram assumidos por Jesus. Até mesmo o último pecado da nossa vida já foi assumido pelo Senhor.