“Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia expressar-se” (At 2,4).
Nós recebemos o Espírito Santo no dia do nosso batismo, mas é necessário sempre renovarmos essa experiência, para que possamos viver o Evangelho ao qual somos chamados.
Nesta semana, preparemo-nos para bem viver a festa de Pentecostes. O Catecismo da Igreja Católica nos ensina: “No dia de Pentecostes, a Páscoa de Cristo completou-se com a efusão do Espírito Santo, que se manifestou, se deu e se comunicou como Pessoa divina: da Sua plenitude, Cristo Senhor derrama em profusão o Espírito” (CIC, n. 731).
Invoquemos o Espírito Santo, para que Ele nos ensine o caminho, nos conduza com a Sua graça e, assim, anunciamos o Evangelho a toda criatura (cf. Mc 16,15).
Rezemos: Ó Deus, que santificais a Vossa Igreja inteira, em todos os povos e nações, derramai por toda a extensão do mundo os dons do Espírito Santo.
Jesus, eu confio em Vós!
Abandone todo tipo de acomodação e trabalhe por este mundo turbulento, ciente de que quem faz o milagre é Deus, na hora que Ele quer. Todos os dias, durante o meu estudo, encontro respostas para as mais diversas situações da missão.
“Meu filho, se entrares para o serviço de Deus, permanece firme na justiça e no temor, e prepara a tua alma para a provação; humilha teu coração, espera com paciência, dá ouvidos e acolhe as palavras de sabedoria; não te perturbes no tempo da infelicidade, sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência, a fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça.
Considerai, meus filhos, as gerações humanas: sabei que nenhum daqueles que confiavam no Senhor foi confundido. Pois quem foi abandonado após ter perseverado em seus mandamentos? Quem é aquele cuja oração foi desprezada? Pois Deus é cheio de bondade e misericórdia: ele perdoa os pecados no dia da aflição. Ele é o protetor de todos os que verdadeiramente o procuram” (Eclo 2,1-3.11-13).
Deus é muito claro em Sua Palavra, e nós precisamos aplicá-la às situações que vivemos:
“Humilha o teu coração e espera com paciência.” Hoje, o que mais peço ao Senhor é que Ele faça meu coração semelhante ao d’Ele.
“Senhor, vós me perscrutais e me conheceis, sabeis tudo de mim, quando me sento ou me levanto. De longe penetrais meus pensamentos. Quando ando e quando repouso, vós me vedes, observais todos os meus passos” (Sl 139, 1-3).
O Senhor está conosco em todos os momentos, mesmo quando não O percebemos. Ele nos traz esperança com a Sua Palavra, ensina-nos e dá-nos a direção para que não nos percamos; ao contrário, em todas as circunstâncias possamos encontrá-Lo.
A certeza que devemos ter é que Deus ouve a nossa oração e compreende a situação em que estamos. Ele nos ajuda, segura-nos pela mão e, com Seu amor, ajuda-nos a caminhar.
Deus nos vê, ama-nos e cuida de nós; por isso não desistamos mesmo quando os acontecimentos não nos são favoráveis, pois o Senhor nos diz: “Tende coragem! Eu venci o mundo” (Jo 16,33).
Ele está no meio de nós!
Jesus, eu confio em Vós!
Só podemos amar quando vivemos o verbo perdoar.
É preciso que vocês amem uns aos outros com amor de ternura, com toda alma e todo coração. Amem-se sempre e nunca deixem de se amar. Não permitam que o sol se ponha sobre o vosso ressentimento, perdoem-se e peçam perdão para que vivam em constante reconciliação.
Para que o amor reine em vosso meio, é muito importante que se reconciliem. A Palavra de Deus hoje é esta: “Amai-vos”. Que as pessoas, ao olharem para vocês, possam dizer a vosso respeito: “Vejam como eles se amam!”.
Para viver tudo isso, deixe que o Espírito Santo retire de vós todos os conflitos em toda e qualquer situação.
Maria em tudo viveu a docilidade a Deus.
Viva do jeito de Maria, sejam em tudo como a Mãe de Deus. Esta é a vontade do Senhor.
Deixe-se trabalhar por Nossa Senhora, pois ela tem maior gosto de fazê-lo, faça a vontade de Deus assim como ela fez. Deixe-a trabalhar em você. Não se desculpe dizendo: “Eu sou mesmo deste jeito”. Não! Aquela que trouxe o Novo Adão quer trabalhar em sua vida, em seu coração e fazer de você um novo Adão, uma nova Eva. Basta que você a deixe agir com docilidade.
Infelizmente, muitas vezes, pelo pecado original, você traz em si uma rebeldia e quer tudo do seu jeito, da sua vontade e do seu gosto. Mas peça a Deus a graça de ser dócil como Maria, obediente até a morte do homem ou da mulher velha que existem dentro de você. Seja obediente à vontade de Deus.
A Santa Missa não pode se transformar num palanque de comício social ou político.
A cada celebração, Cristo Jesus é o celebrante, é Ele quem se oferece ao Pai, quem ora e intercede por nós. O sacerdote é o seu representante, cabendo a nós a participação como parte do Corpo de Cristo.
A Missa não pode servir apenas para pedir pelas almas dos nossos falecidos. Apesar do seu grande valor para a purificação das almas dos nossos entes queridos, que ainda estão no purgatório, precisamos estar cientes de que isso é o mínimo diante do valor profundo da celebração. As necessidades do mundo inteiro estão presentes em cada Missa. Cristo as assume.
A Missa não pode se transformar num palanque de comício social ou político. Ela tem a capacidade de mudar as estruturas sociais, mas não é fazendo do altar um palanque que isso acontecerá. Esse não é o caminho. A Missa precisa ser Missa para que as estruturas sociais sejam transformadas.
O inimigo quer denegrir, desmoralizar e esvaziar o valor do sacrifício da Missa. Por isso, nós sacerdotes e fiéis não podemos profanar, banalizar nem esvaziar o sentido da Santa Missa.
Deus abençoe você!
No relacionamento a dois, a verdade é essencial
Para um bom relacionamento com o outro e com a família, precisamos ser sinceros, honestos e nunca mentir ou dissimular. São Paulo disse aos efésios: “Tendo vós todos rompido com a mentira, que cada um diga a verdade ao seu próximo, pois somos membros uns dos outros. Podeis irar-vos, contanto que não pequeis. Não se ponha o sol sobre vossa ira, e não deis nenhuma chance ao diabo” (Ef 4,25-28).
A ira, o ódio e o perdão negado abrem as portas da alma para o demônio, que traz o inferno para a família. Assim, o casal deve estar sempre pronto para saber pedir perdão e dar o perdão com a força de Cristo. O apóstolo ainda disse:
“De vossa boca não saia nenhuma palavra maliciosa, mas somente palavras boas, capazes de edificar e de fazer bem aos ouvintes. Não entristeçais o Espírito Santo de Deus, com o qual fostes marcados, como por um sinal, para o dia da redenção. Desapareça do meio de vós todo amargor e exaltação, toda ira e gritaria, ultrajes e toda espécie de maldade. Pelo contrário, sede bondosos e compassivos, uns para com os outros, perdoando-vos mutuamente, como Deus vos perdoou em Cristo” (Ef 4,29-32).
Se o casal seguir essas orientações de São Paulo, o lar será de Deus e todos serão felizes.
“Se tens alguma coisa para dizer, responde-me; fala, eu gostaria de te dar razão. Se não, escuta-me, cala-te, e eu te ensinarei a sabedoria” (Jó 33,32-33).
Nas agitações do nosso dia, nas atividades que realizamos no trabalho, na nossa casa, nos estudos, entre tantos compromissos que assumimos, é necessário pararmos um momento para estar com Jesus e ouvir Sua voz que nos direciona e ensina. Reservemos um instante para estar com o Senhor.
Há uma música de monsenhor Jonas que nos fala da necessidade de silenciarmos: “Ouço Teu silêncio, meu Senhor, para distinguir só Tua voz. Busco meu cantinho sem ninguém para só Contigo eu ficar”.
“A alma necessita de silêncio para concentrar-se na adoração” (Beata Elizabete da Trindade).
Jesus, eu confio em Vós!
“Família, santuário da vida e do amor” (São João Paulo II).
O sacramento do matrimônio é um dom de Deus que une o homem e a mulher para constituir uma família. Assim, eles participam da criação sendo sinal do amor fecundo.
A família nos dá a vida e o amor verdadeiro, por isso, busquemos nos reconciliar com quem tivemos dificuldades no relacionamento, seja entre o casal ou com os filhos.
Agradeça ao Senhor por aqueles que estão com você, pois, mesmo com as dificuldades, a família unida enfrenta os obstáculos e supera todos pela força do amor e da união.
“Ó Senhor, de coração eu vos dou graças, porque ouvistes as palavras dos meus lábios! Perante os vossos anjos vou cantar-vos e ante o vosso templo vou prostrar-me“(Sl 137, 1-2).
Jesus, eu confio em Vós!
O Senhor nos fez para o céu, para a eternidade.
Queridos irmãos em Cristo Jesus, estava eu, certo dia, meditando na capela dos Santos Anjos durante um cerco de Jericó. O tema era o Sangue de Jesus. Na meditação, à frente de Jesus Eucarístico, surgiu em meu coração uma pergunta: “O que o impede de ir para o céu?”. Naquele momento, fiquei extasiado, pois nunca alguém ou o próprio Espírito Santo me levou a pensar nessa dimensão. Então, comecei a rezar: “Sangue de Jesus, salvai-me”. Era uma pergunta vindo de muito, muito longe. Tão profunda que sentia que saía do coração de Jesus. Caí numa timidez e pensei: O amor de Jesus é tímido.
Se eu pudesse adivinhar os desejos de Cristo! Mas nunca me lembro de que, no meio de nós, Ele está de coração aberto, e de Seu coração jorram torrentes de luz e amor. Jesus me lembrou que obtive a redenção por meio de Seu Sangue. Nenhuma veste será admitida no banquete das núpcias eternas a não ser a veste lavada no Sangue do Cordeiro (Ap 7,14).
Voltando à pergunta, corri várias passagens da Bíblia e comecei a escrever o que me impedia: pecados de criança, da adolescência e juventude, minha descrença e etc... Enfim, cheguei a um ponto que me senti totalmente condenado a não ir para o céu. Parei e continuei rezando: “Sangue de Jesus tem poder”.
Neste momento, tenho uma missão, sou vocacionado para a família e tenho minha profissão na sociedade. Contava os prós e os contras, mas me esqueci do principal, esqueci-me do meu Deus misericordioso, de que quem faz a conta é Ele. Eu me lembrei de que o principal não é a cabeça, pois esta é a louca do corpo, mas sim o coração onde habita o Espírito Santo de Deus.
Meus irmãos, tenhamos ânimo e força. Deus sempre nos ajudará.
Deus os abençoe