Alegre-se ó terra! Nasceu para nós o Salvador
“O povo que andava na escuridão viu uma grande luz, para os que habitavam as sombras da morte uma luz resplandeceu… pois nasceu para nós um menino, um Filho nos foi dado. Seu nome será maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai para sempre, Príncipe da paz!” (Is 9,1.5).

Diante desta boa nova, o nosso coração precisa se alegrar e contagiar os que estão ao nosso lado. Deus se fez pessoa humana como nós. Ele veio a este mundo: céu e terra se tocaram, como é confirmado pelas Sagradas Escrituras: “Quando se completou o tempo previsto, Deus enviou seu Filho nascido de mulher para que todos recebessem a filiação adotiva” (Gal 4-5).
Em meio à simplicidade de uma manjedoura, na cidade de Belém – na Terra Santa – o Amor nasceu no seio da Virgem Maria. Tornou-se um de nós para nos salvar, amar e ser amado. Com o coro dos anjos nós também devemos cantar: “Glória a Deus no mais alto dos céus, e na terra, paz aos que são do seu agrado” (Lc 2, 14).

Feliz Natal, porque Natal feliz é Natal com Cristo!

Jesus, eu preciso de você. Abro-me inteiramente e peço que toque toda minha vida, principalmente as áreas mais delicadas, das quais nunca permiti que você tocasse.

Cada segundo de minha existência pertence a você, Jesus, mais ainda, até a 2ª, 3ª e 4ª gerações que me antecederam pertencem a você, por isso peço que cure todas as ligações genéticas que me prejudicam.

Corta Jesus, e liberte-me de tudo aquilo que me foi transmitido de negativo.

Você sabe tudo sobre mim, mesmo antes do meu nascimento. E assim, eu agradeço por você estar lá quando a minha vida começou.

Se o medo ou qualquer outra força negativa me foi transmitida enquanto eu estava no ventre de minha mãe, liberte-me disso tudo, Senhor.

Cura-me desse período de gestação, de toda ansiedade e de toda a angústia, de tudo aquilo que possa ter vindo a mim pelo ambiente de desamor em casa, pelas discussões, pelas palavras alteradas, enfim, tudo aquilo que possa ter sido transmitido por minha mãe e que me marcou de negativo e de prejudicial.

Jesus, muito obrigado por estar lá quando eu nasci. Cura em mim, Jesus, todo o trauma do nascimento. Cura todo sentimento de rejeição, que, por ventura, eu tenha sentido naquele momento e toda a dificuldade de adaptação à vida aqui fora.

Se um dia fui rejeitado, sei que você me amou primeiro, me acolheu em Seus braços fortes e carinhosos, preenchendo todo o vazio do meu ser.

Obrigado, Jesus, por Seu imenso amor que me conforta nesse momento. Posso sentir o toque de Suas mãos em meu rosto e Seu sorriso dizendo: “sempre amei você”.

Alguns vieram a esse mundo não sendo amados e não sendo queridos e sentiram profundamente essa rejeição. Jesus enche cada um com o Seu Amor, desde o princípio de tudo. Plenifica cada um de nós com o Seu Amor, e cura-nos através de cada segundo de nossa vida, durante aqueles primeiros anos.

Jesus alguns nasceram em famílias onde não receberam o amor que precisavam. Muitas vezes houve separação na família por causa de doenças, por causa de desavenças, por causa de morte.

Jesus, eu peço, cura todas essas dores, todos esses sofrimentos. Que esta cura possa preencher toda e qualquer lacuna, dando, a cada um de nós, todo amor que não foi recebido.

Tira Jesus, todo o medo que nos invadiu enquanto crescíamos: O medo da escuridão, medo de cair, medo de animais, medo de se perder, medo de estar sozinho, medo da solidão e tantos outros medos.

Ó, Senhor, liberta-nos de todos esses medos.

Eu te agradeço Jesus, por seu imenso Amor, por aquilo que está realizando em nós agora. Precisamos de Seu Amor!

Pai Eterno, pela poderosa intercessão de São João, Apóstolo amado de Jesus, eu rogo pelas graças de que tanto necessito. Abro meu coração, agora e sempre, para ouvir a Vossa Voz e experimentar Vosso Poder em minha vida. Assim como São João, quero acolher a Palavra de Jesus e com amor levar as sementes do Vosso Reino por onde eu passar.

Amém.

Da Carta Pastoral “Misercordes Secut Pater” (Misericordiosos como o Pai) de Dom Odilo Scherer, Arcebispo metropolitano de São Paulo, para o Ano Santo da Misericórdia, em um dos sub títulos chamou-me a atenção ‘A misericórdia restaura e salva’: A misericórdia é a essência do Evangelho, pois é ela que nos faz ter alegria na vida com o anúncio da Boa Nova.
O apóstolo São Paulo experimentou a misericórdia quando declarou: “É agora o tempo favorável, é agora o dia da salvação” (II Cor 6, 2). Não deixemos passar esta hora da graça: “Em nome de Cristo, vos suplicamos: Reconciliai-vos com Deus”( 2Cor 5,20).
Nos exorta Dom Odilo: O ano da Misericórdia é um “Tempo favorável” para que cada um de nós faça a experiência pessoal com Deus misericordioso, que não está longe de nós e se deixa encontrar por todo aquele que O procura de coração sincero.

Essa busca pode ser feita todos os dias e a cada momento sem nenhum receio de ser o mais transparente possível para Deus como o Rei Davi. Assim também, nós podemos rezar com as nossas palavras ou nos identificando com suas orações, confiar sempre que a misericórdia salva e restaura:

“Ó Deus, tem piedade de mim, conforme a tua misericórdia; no teu grande amor cancela o meu pecado. Lava-me de toda a minha culpa, e purifica-me de meu pecado. Reconheço a minha iniquidade e meu pecado está sempre diante de mim. Contra ti, só contra ti eu pequei, eu fiz o que é mal a teus olhos; por isso és justo quando falas, reto no teu julgamento. 8 Mas tu queres a sinceridade do coração e no íntimo me ensinas a sabedoria. Purifica-me com o hissopo e ficarei puro; lava-me e ficarei mais branco que a neve. Afasta o olhar dos meus pecados, cancela todas as minhas culpas. Cria em mim, ó Deus, um coração puro, renova em mim um espírito resoluto. Não me rejeites da tua presença e não me prives do teu santo espírito. Devolve-me a alegria de ser salvo, que me sustente um ânimo generoso. Senhor, abre meus lábios e minha boca proclame o teu louvor.” ( Sl 51, 3-6; 8-9; 11-14; 17)

Vinde, Senhor Jesus!

A vinda do Senhor é certa e isto deve nos encher de esperança.
Foi isto que ouvi todos esses anos de Canção Nova, dos lábios do Monsenhor Jonas e agora, neste advento, também nosso Papa Francisco nos encoraja: “A vinda do Senhor, como nos tempos de Sofonias, deve encher o nosso coração de alegria e confiança”. Pois Deus tem paciência com o Seu povo e, como um pai, espera a conversão de cada filho Seu:
“Darei aos povos, nesse tempo, lábios purificados, para que todos invoquem o nome do Senhor. E deixarei entre vós um punhado de homens humildes e pobres. Eles não cometerão iniquidades nem falarão mentiras; não se encontrará em sua boca uma língua enganadora; serão apascentados e repousarão, e ninguém os molestará.” (Sf 3, 9.12a-13)
Ainda temos tempo, estamos na hora da graça. É possível reverter a própria história.
O convite do Espírito Santo para todos neste tempo é a conversão, é a revisão de vida, um exame de consciência bem feito.
Eu me pergunto: Como anda a minha vida? O que se passa no meu coração? Eu tenho dito a verdade ou a mentira? Eu tenho enganado as pessoas, ou a minha própria fé? Em que tenho colocado a minha confiança? Em que valores eu tenho pautado a minha vida? Tenho gana pelos bens passageiros, ou nos eternos? Em que direção eu caminho, para uma vida que termina aqui, ou para o Céu?
O Senhor prometeu: “E deixarei entre vós um punhado de homens humildes e pobres. E no nome do Senhor porá sua esperança o resto de Israel.” (Sf 3, 12)
“A esperança – afirma o Papa – é esta virtude cristã que nós temos como um grande dom do Senhor e que nos faz ver mais longe, isto é, além dos problemas, das dores, das dificuldades, além dos nossos pecados”. Faz com que vejamos a “beleza de Deus”: Caminhemos para o Natal à luz do Senhor!