Senhor Jesus Cristo, eu pecador, não presumindo de meus méritos, mas confiando em Vossa bondade e misericórdia, temo, entretanto e hesito em aproximar-me da mesa de Vosso doce convívio.
Pois meu corpo e meu coração estão manchados por muitas faltas, e não guardei com cuidado meu espírito e minha língua.
Por isso, ó bondade divina e temível majestade, em minha miséria recorro a Vós, fonte de misericórdia; corro para junto de Vós a fim de ser curado, refugio-me em Vossa proteção e anseio ter como salvador Aquele que não posso suportar como juiz.
Amém!
Falando de conversão, é difícil não lembrar da conversão de Saulo de Tarso que, após ter se encontrado com Jesus, mudou até o nome passando a chamar-se Paulo. Ele era grande perseguidor da Igreja, prendia todos os que testemunhavam Jesus.
Porém, um dia, estava a caminho de Damasco quando, de repente, o Senhor lhe apareceu e viu-se cercado por uma luz que vinha do céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Saulo perguntou: “Quem és tu, Senhor?” A voz respondeu: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues.” (At 9,3-5)
Depois daquele dia, Saulo nunca mais foi o mesmo. Ele se converteu tornando-se Paulo, o grande apóstolo dos gentios.
São Paulo não tem receio de testemunhar o tempo em que vivia na ignorância, embora ele fosse um judeu religioso cumpridor da lei. A conversão para Deus comporta essa sua coragem de proclamar com palavras e com a própria vida: “Agradeço àquele que me deu força, Cristo Jesus, nosso Senhor, pela confiança que teve em mim ao designar-me para o seu serviço, a mim, que antes blasfemava, perseguia e insultava. Mas encontrei misericórdia, porque agia com a ignorância de quem não tem fé”(1Tm 1,12-13).
Agora é a nossa vez! O Senhor, no Seu amor, continua a agir com misericórdia. Mas, nós continuamos em nossa cegueira? O Senhor continua a chamar-nos para o seu serviço. Mas, nós preferimos continuar na ignorância de quem não tem fé?
Sinto-me movida a pedir a graça de um coração contrito e humilhado. Digo ao Senhor: “Somente vós sois meu Senhor. Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado!” (Sl 15).
Senhor, eu, que antes blasfemava, encontrei misericórdia. Senhor, nossa esperança!
Facilmente, o mundo e as situações nos roubam a paz.
Esse é o segredo para manter a tranquilidade e a paz: “Deixai vir a mim as criancinhas, porque quem não receber o Reino dos céus como uma criança, não entrará nele”. Os discípulos estavam afastando as crianças e Jesus lhes disse: ‘Deixai-os vir até mim’. Ele lhes impôs as mãos e orou por elas.
O Senhor está nos colocando em nosso lugar, Ele vem nos encher de paz, como uma criança no seio materno, que, depois de amamentar, larga-se no colo da mãe. Nesta vida, muitos de nós carregamos problemas. Pessoas que perdem a paciência e se tornam irritadas e grosseiras.
O Senhor nos pega no colo e nos diz: “Calma, meu filho, minha filha! Repousa no meu amor, acalma-te serenamente. Por que tanta irritação, por que tanto estresse?”. Jesus passa para cada um de nós a Sua paz. Ele está curando o nosso coração, nós somos filhos prediletos do Pai.
Está acontecendo aquilo que o próprio Jesus fala: “Vinde a mim vós todos e aprendei de mim que sou manso e humilde”.
O que é um cavalo manso? O que é um cachorro manso? Pergunte-se a si mesmo: “Eu estou sendo manso ou bravo?”. Jesus, hoje, quer amansar o nosso coração: “Fica manso, meu filho; fica mansa, minha filha! Amansa essa braveza, essa ruindade!”.
Deus lhes pague!
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Deus, Pai de amor e bondade, que em Sua infinita misericórdia acolhe todos os que se aproximam de Vós com o coração arrependido, acolhei meu pedido de perdão por tantas faltas cometidas contra Ti e meus irmãos.
Senhor Jesus Cristo, Mestre da ternura e do amor, que devolveu a vida em plenitude a tantos homens e mulheres imersos no pecado e caminhantes das trevas, conduzi-me nos caminhos do perdão e fortalecei minha alma para que eu tenha a humildade de pedir perdão e a misericórdia de saber perdoar.
Espírito Santo, Consolador da alma, Advogado dos justos e Paráclito do amor, inspirai em meu coração gestos de bondade e ternura, que devolvam aos corações angustiados a beleza do perdão e as graças da reconciliação.
Amém!