Temos visto tantos casos de pessoas que estão morrendo de frio aqui no sudeste. São pessoas que moram na rua, pessoas que um dia tiveram um teto, um lar. Mas, nesses últimos dias, sofreram até perder a vida devido ao frio.
Irmãos, essa realidade dói em meu coração, porque penso que poderia ser eu nessa situação ou alguém que amo muito. Isso me fez refletir. Estamos frios, meus irmãos, frios de caridade, frios de amor ao próximo, frios de zelo pelo outro. Não estamos cumprindo o segundo mandamento: amar o próximo como a ti mesmo. Isso Deus cobrará de nós.
Que o Senhor tenha misericórdia dos nossos egoísmos.
Todos nós temos necessidade de silêncio, de ficar sozinhos com Deus e com nós mesmos. Esse é um exercício maravilhoso, porque quando ele é vivido em união com Jesus, além de ser uma poderosa oração, dá-nos equilíbrio, ainda que as situações vividas pareçam tempestuosas.
Ao longo do dia, recebemos muitas informações e, algumas vezes, ficamos agitados, disparamos a falar e o nosso coração fica agitado. Por essa razão, desde cedo, devemos nos unir intimamente a Jesus, para que nada roube a nossa paz; e se, por ventura, ficarmos inquietos, retomemos o silêncio e esperemos em Deus, porque “bom é esperar em silêncio o socorro do Senhor” (Lam 3,26).
Talvez tenhamos medo de silenciar, porque não queremos nos deparar com a nossa consciência e verdade; mas se tivermos a coragem de colocar toda a nossa vida à luz de Cristo, experimentaremos a verdadeira liberdade que vem de Deus.
“Conhecerás a verdade, e a verdade vos libertará.” (Jo 8,32)
Façamos hoje o propósito de viver todo este dia em silêncio e recolhidos interiormente.
Jesus, eu confio em Vós!