O Pai nos chama à santidade. Mas será que nós podemos ser santos?
A tentação incute na nossa cabeça e no nosso coração a ideia errada de que não somos capazes de viver em santidade: “Santidade é um exagero, um fanatismo e não é para mim!”. O maligno quer nos convencer de que pensar assim é sinal de humildade: “Quem sou eu para chegar à santidade? Já existem os santos que foram canonizados e estão nos altares! Eu não! Sou muito simples. Preciso ser humilde, por isso não quero esse ‘negócio’ de santidade”.
Mas não deve ser assim, pois foi o Senhor mesmo quem nos pediu: “Sede santos, pois eu sou santo, eu, o Senhor, vosso Deus” (Lv 19,2b). E Jesus traduziu isso em outras palavras: “Vós, portanto, sereis perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celeste” (Mt 5,48).
Nosso caminho é a santidade. Fomos criados à imagem de Deus, precisamos ter a “cara” do Pai. Essa é a obra do Espírito Santo em nós. Se você guardar um frasco de perfume vazio e, depois de algum tempo, abri-lo, sentirá ainda o perfume, pois o frasco ficou impregnado com o aroma. É por isso que o Senhor nos encheu com Seu Espírito Santo, para nos impregnar da santidade d’Ele. Não é a nossa santidade nem a nossa perfeição, mas a de Deus. É preciso dar ao Senhor o direito de ser Deus em nós.